Um Imperador, sabendo
que um grande sábio Zen estava às portas de seu palácio, foi até ele para fazer
uma importante pergunta:
- Mestre, onde está o
Eu?
O mestre então
pediu-lhe:
- Por favor traga-me
aquela carroça que está lá.
A carroça foi trazida.
O sábio perguntou:
- O que é isso?
- Uma carroça, é claro,-
respondeu o Imperador.
O mestre pediu que
retirasse os cavalos que puxavam a carroça. Então disse:
- Os cavalos são a
carroça?
- Não.
O mestre pediu que as
rodas fossem retiradas.
-As rodas são a carroça?
- Não, mestre.
O mestre pediu que
retirassem os assentos.
- Os assentos são a
carroça?
- Não, eles não são a
carroça.
Finalmente apontou para
o eixo e falou:
- O eixo é a carroça?
- Não, mestre, não são.
Então o sábio concluiu:
- Da mesma forma que a
carroça, o Eu não pode ser definido por suas partes. O Eu não está aqui, não
está lá. O Eu não se encontra em parte alguma. Ele não existe. E não existindo,
ele existe.
Dito isso, ele começou a
se afastar do surpreso monarca. Quando estava já afastado, voltou-se e
perguntou-lhe:
- Onde Eu estou?
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