Na China antiga, havia
um monge zen que, para evitar adormecer durante o zazen (meditação sentada),
decidiu fazer sua prática sentando-se nos galhos de uma árvore. Assim, se
perdesse a atenção, cairia. Tornou-se conhecido pela sua singularidade, e
muitas pessoas vinham pedir a ele ensinamentos e conselhos.
Ora, nessa mesma área
existia um poeta célebre, Sakuraten, que, ao tomar conhecimento da fama do
monge, decidiu ir testá-lo. Assim que chegou e o encontrou em zazen, no galho
da árvore, falou:
— Tome cuidado, monge, é
perigoso. Um dia o senhor poderá cair.
— Talvez — respondeu o
monge —, mas o senhor corre maior risco do que eu.
Sakuraten refletiu:
— Com efeito, vivo no
mundo, controlado pelas paixões. — Perguntou, então: — Qual é a verdadeira essência
dos ensinamentos de Buda?
O monge respondeu:
— Não faça o mal. Faça o
bem. Faça o bem a todos os seres.
— Mas até uma criança de
3 anos sabe disso! — exclamou o poeta.
— Sim, mas é uma coisa
difícil de ser praticada até mesmo por um velho de 80 anos... — completou o
mestre.
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