Um homem muito rico pediu ao monge pintor Sengai Gibon
(1750-1837), para escrever algo pela continuidade da prosperidade de sua família, de modo
que esta pudesse manter sua fortuna geração após geração.
Sengai pegou uma
longa folha de papel de arroz e escreveu: “Pai morre, filho morre, neto morre”.
O homem rico ficou indignado e, ofendido, disse:
— Pedi algo pela felicidade de minha família! Por que uma
brincadeira dessa?
— Não pretendi fazer brincadeira — explicou Sengai
tranquilamente. — Se antes de sua morte seu filho morresse, isso iria magoá-lo imensamente.
Se seu
neto se fosse antes de seu filho, tanto você quanto ele ficariam arrasados.
Mas, se sua família, de geração em geração, morrer na ordem que eu escrevi,
será o mais natural curso da vida.
Eu chamo isso de verdadeira riqueza.
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