Havia um médico na
antiga China, cujo trabalho era cuidar dos soldados nas batalhas.
Entretanto a
angústia de ver as atrocidades da guerra, e o fato de que sua função como
médico parecia inútil, pois sempre que curava um soldado este voltava à guerra
e eventualmente morria, fez com que ele pensasse: "Se o destino de todas
as pessoas é morrer, por que devo eu buscar salvar vidas? Se minha medicina tem
realmente valor, por que estes homens, após serem curados, voltam a buscar a
morte?"
Sem conseguir encontrar
uma resposta, o médico abandonou sua profissão e foi às montanhas procurar um
sábio mestre Zen.
Após meses de prática, ele finalmente
compreendeu seu dilema. Afastou-se de seu retiro e voltou à cidade. Quando lá
chegou, um amigo seu cumprimentou-o pela sua volta e disse:
- Que felicidade vê-lo
de volta. Encontrou a resposta para sua dúvida?
- Descobri que todo este
tempo fiz a pergunta errada. Não sou médico porque busco salvar vidas; sou
médico porque a Vida merece ser perpetuada o mais possível.
O médico não salva
a vida de outrem; ele apenas ajuda a perpetuar a Vida Universal (o Tao) em cada
ser que busca curar. Pois a vida de cada ser é uma só Vida, e cada vez que curo
alguém, mantenho o Tao em perpétuo e maravilhoso movimento."
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