quinta-feira, 29 de março de 2018

EM BUSCA DA ILUMINAÇÃO




Um discípulo perguntou ao Mestre:
– Mestre, como faço para me iluminar?
O mestre levou o aluno para a beira do rio e pediu para ele aproximar o rosto da superfície da água e então empurrou a cabeça do jovem para dentro d´água e segurou. Finalmente liberto e quase afogado, bradou o ofegante aluno:
– Que é isto, mestre? Que lição mais esquisita…
– No dia em que você buscar a iluminação como agora busca o ar, nesse dia, terá ingressado no caminho da evolução espiritual.
Alcançaremos a iluminação – ou a santidade, é a mesma coisa – quando trocarmos a preguiça pelo dever, a indiferença pela caridade, a pasmaceira pelo querer, a inércia pelo fazer, o vício pela virtude, o mal pelo bem.



FELICIDADE CLANDESTINA




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Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas.   

Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres.

Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo.



Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim um tortura chinesa.

Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses.

Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo.

Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife.



Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico.

No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte.

Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso.

Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina.

E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à
porta de sua casa.

Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. 



Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha
desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife.

Foi então que finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo.

E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito.

Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter.

Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes.

Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim.

Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... 

Havia orgulho e pudor em mim.

Eu era uma rainha delicada.  Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

In Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro, Rocco, 1998 – Clarice Lispector




terça-feira, 27 de março de 2018

O MESTRE E A VACA

A Parábola do Mestre e da Vaca




Um sábio mestre e seu discípulo andavam pelo interior da China há muitos dias e procuravam um lugar para descansar durante a noite.
Avistaram, então, um casebre no alto de uma colina e resolveram pedir abrigo àquela noite. Ao chegarem no casebre, foram recebidos pelo dono, um senhor maltrapilho e cansado. Ele os convidou a entrar e apresentou sua esposa e seus três filhos.
 Durante o jantar, o discípulo percebeu que a comida era escassa até mesmo para somente os quatro membros da família e ficou penalizado com a situação. Olhando para aqueles rostos cansados e subnutridos, perguntou ao dono como eles se sustentavam.

O senhor respondeu - "Está vendo àquela vaca lá fora? Dela tiramos o leite que consumimos e fazemos queijo. O pouco de leite que sobra, trocamos por outras mercadorias na cidade. Ela é nossa fonte de renda e de vida. Conseguimos viver com o que ela nos fornece" - O discípulo olhou para o mestre que jantava de cabeça baixa e terminou de jantar em silêncio.
Pela manhã, o mestre e seu discípulo levantaram antes que a família acordasse e preparavam-se para ir embora quando o discípulo disse - "Mestre, como podemos ajudar essa pobre família a sair dessa situação de miséria?" - O mestre então falou - "Quer ajudar essa família? Pegue a vaca deles e empurre precipício abaixo" - O discípulo espantado falou - "Mas a vaca é a única fonte de renda da família, se a matarmos eles ficarão mais miseráveis e morrerão de fome!" - O mestre calmamente repetiu a ordem - "Pegue a vaca e empurre-a para o precipício!". O discípulo indignado seguiu as ordens do mestre e jogou a vaca precipício abaixo, e ela morreu.
Alguns anos mais tarde, o discípulo ainda sentia remorso pelo que havia feito e decidiu abandonar seu mestre e visitar àquela família.

Voltando a região, avistou de longe a colina onde ficava o casebre, e olhou espantado para uma bela casa que havia em seu lugar.

Ele pensou - "De certo, após a morte da vaca, ficaram tão pobres e desesperados que tiveram que vender a propriedade para alguém mais rico" -Aproximou-se da casa e, entrando pelo portão, viu um criado e lhe perguntou - "Você sabe para onde foi à família que vivia no casebre que havia aqui antigamente?" - O criado respondeu - "Sim, claro! Eles ainda moram aqui, estão ali nos jardins" -  e apontou para a frente da casa. 

O discípulo caminhou na direção da casa e pode ver um senhor altivo, brincando com três jovens bem vestidos, e junto uma linda mulher. A família que estava ali não lembrava em nada os miseráveis que conhecera tempos atrás.

Quando o senhor avistou o discípulo, reconheceu-o de imediato e o convidou para entrar em sua casa. O discípulo quis saber como tudo havia mudado tanto desde a última vez que os viu. O senhor então explicou - "Depois daquela noite que vocês estiveram aqui, nossa vaquinha caiu no precipício e morreu... Como não tínhamos mais nossa fonte de renda e sustento, fomos obrigados a procurar outras formas de sobreviver.

Descobrimos muitas outras formas de ganhar dinheiro e desenvolvemos habilidades que nem sabíamos que éramos capazes de fazer" - O discípulo não podia acreditar no que estava ouvindo  - Ele continuou - "Perder aquela vaquinha foi terrível, mas aprendemos a não sermos acomodados e conformados com a situação que estávamos.

Às vezes precisamos perder para ganhar mais adiante" - Só então o discípulo entendeu a profundidade do que o seu mestre tinha percebido.

Procure em sua vida se não há uma vaquinha para empurrar no precipício ou se alguma já caiu e você não percebeu que foi algo bom.


domingo, 25 de março de 2018

OS GRANDES FESTIVAIS DA LUA CHEIA




O que faz as luas cheias de Abril, Maio e Junho serem tão especiais ?




Os festivais mais importantes da Grande Fraternidade Branca acontecem nos meses de abril, maio e junho, no período próximo à Lua Cheia desses meses. O ponto máximo das celebrações é o ápice do plenilúnio, quando devemos nos concentrar em nossas meditações e orações.

Os Festivais da Luz Correspondem às energias máximas da Sagrada Chama Trina, que é a representação da Trindade Divina: Pai, Filho e Espírito Santo.

O primeiro é o "Festival do Pai"  que irradia as energias do Primeiro Raio - Azul, Poder Divino. Ele acontece na Lua Cheia de Áries, próximo à Semana Santa, e é uma dispensação especial para o Mundo Cristão ou ocidental. Celebra a ascensão do Mestre Jesus Sananda e sua aliança definitiva com o Pai Celestial.

O segundo festival, em maio, e é o famoso "Festival de Wesak", também chamado de "Festival do Filho" ou, ainda, "Festival de Buda". Celebrado na Lua Cheia de Touro, é regido pelo Segundo Raio - Dourado, raio da Iluminação e da Sabedoria.

Ele acontece no plano da Quarta Dimensão sobre o Nepal, na Ásia Central - a localização de Shamballa, o coração espiritual da Terra, onde brilha intensamente a Chama Trina Planetária.

No momento exato do plenilúnio, Buda se manifesta na Quarta Esfera, que é o nível mais próximo que um ser de sua magnitude consegue aproximar-se da Terra de Terceira Dimensão.

O terceiro festival acontece em junho: o "Festival de Maitreya", também chamado de "Festival do Espírito Santo" e "Festival de Asala". Sua energia é do mais puro e sublime Amor Incondicional e Compaixão dos Terceiro e Sexto Raios - Rosa e Rubi.
Seu marco é a Lua Cheia de Gêmeos. Essa celebração é o coroamento dos dois festivais anteriores unindo Oriente (através de Gautama, o Buda ) e Ocidente (através de Jesus, o Cristo), fazendo então a síntese. Buda e Cristo são Títulos de Luz para Jesus de Nazaré e Sidartha Gautama, que encarnaram o mesmo ser Maitreya.

O Senhor Maitreya é conhecido como o Avatar da Síntese e esteve presente no planeta também em outras épocas, sempre através de grandes líderes espirituais (Krishna, Maomé, Jesus, Sidartha) previamente preparados para encarná-lo. Seu retorno é esperado pelos povos de tradição judaica (Messias), cristã (o Consolador), no mundo islâmico (volta do Profeta) e no Oriente budista, que anseia pelo Buda do Futuro ou "Buda Maitreya".

Participam destes festivais os mestres e mestras ascensionados, os discípulos nas varias dimensões, os instrutores, os budas, os santos, os iluminados.




O Festival da Boa Vontade, Festival de Asala ou de Maytreia, O Festival da Boa Vontade

  
É a festa do Espírito da Humanidade que aspira a Deus, que busca aceitar Sua Vontade e se consagra ao estabelecimento das relações justas entre os homens. 

Este festival é fixado anualmente em relação à Lua Cheia de Gêmeos. É o dia no qual a natureza espiritual e divina do homem é reconhecida. 

Depois de dois mil anos, no dia desta festa, o Cristo representou a Humanidade, mantendo-se diante da Hierarquia e próximo a Shamballa, como o Homem Deus, o Chefe de Seu Povo e "o primogênito entre vários irmãos" (Roma, VIII, 29). 

Este festival, portanto, será um dia de intensa invocação, expressando a fundamental aspiração à fraternidade e à unidade espiritual e humana: representará o efeito produzido na consciência dos homens pelos esforços conjugados de Buda e de Cristo.

As Forças de Reconstrução são ativas no Festival da Boa Vontade, que é o Festival de Cristo e da Humanidade.

Estas forças estão associadas ao aspecto vontade da divindade e ainda permanecem sendo as menos poderosas das três correntes de energia liberadas desde os três festivais de 1945.

As Forças de Reconstrução são principalmente eficazes nas relações entre as nações. A utilização destas energias impessoais depende da qualidade e da natureza da nação que as recebe, de seu grau de verdadeira iluminação e de seu ponto de evolução. 

Atualmente as nações são a expressão do egocentrismo de massa de seus povos, de seu instinto de conservação. Em conseqüência, estas energias podem melhorar o aspecto da vida nacional ou podem reforçar o poder dos objetivos da unidade mundial, da paz e do progresso que as Nações Unidas sustentam aos olhos dos homens, como uma verdadeira visão do Plano. 

Atualmente uma vontade de síntese se infiltra lentamente no interior da Assembléia das Nações Unidas sob a inspiração das Forças de Reconstrução e do Avatar da Síntese auxiliado pelo Cristo. 

O novo mundo, a cuja criação contribuem as Forças de Restauração, de Iluminação e de Reconstrução, expressará a Luz, o Amor e o Conhecimento de Deus em uma revelação crescente que produzirá grandes resultados:

1. O poder será dado aos discípulos mundiais e aos Iniciados a fim de que dirijam eficaz e sabiamente o processo de reconstrução.

2. A vontade de amar estimulará em todas as partes aos homens de boa vontade, submergindo gradualmente o ódio. A íntima necessidade de cooperar já existe nos homens e pode ser estimulada.

3. A vontade de atuar conduzirá os povos inteligentes do mundo a realizar as atividades suscetíveis para assentar as bases de um novo mundo, melhor e mais feliz.

4. A vontade de cooperar será aumentada consideravelmente. Os homens aspirarão a relações justas como uma forma natural de vida.

5. A vontade de conhecer e de pensar de uma maneira justa e criadora chegará a ser uma característica das massas. O conhecimento é o primeiro passo para a sabedoria.

6. A vontade de permanecer chegará a ser uma característica humana, uma sublimação do instinto de conservação. Isto conduzirá à criação nos ideais apresentados pela Hierarquia e à demonstração da imortalidade.


A vontade de organizar desenvolverá um processo de construção que será introduzido sob a  inspiração direta  da Hierarquia contribuindo para a resposta da boa vontade de toda a espécie humana.





sábado, 24 de março de 2018

WESAK



Wesak é a celebração do aniversário e morte de Buda. De acordo com crenças ancestrais, o Buda nasceu, alcançou a iluminação e deixou o Plano Terrestre em uma Lua Cheia de Touro
.
 O Buda volta no mês de Touros, na Lua Cheia, todos os anos para trazer um novo esplendor ao Mundo. Lideres espirituais reúnem-se no Vale do Wesak, um lugar místico no alto dos Himalaias, onde Buda surgiu e abençoou a humanidade em suas bênçãos anuais.

A Lua Cheia do Wesak é também o tempo em que Cristo reúnem todas as Hierarquias Espirituais para dispensarem esforços para invocarem as Forças Curativas de Shamballa.

A cerimonia do Wesak é celebrado no Vale do Wesak, e uma vasta multidão assiste no vale, em frente à grande mesa de pedra que está ao fundo do vale.

Buda é a expressão da Sabedoria de Deus, a incorporação da Luz e o indicador da Proposta Divina. O Cristo representa o Amor Eterno de Deus e a promessa para a Humanidade. A Lua Cheia é como um jarro despejando um elixir divino.

As bênçãos demoram 8 minutos em seu ápice, porem essas bênçãos continuam sendo enviadas nos 3 dias subsequentes ao redor de todo o planeta..






O FESTIVAL


Existe um vale, situado ao pé do Himalaia tibetano, numa altitude bem elevada, rodeado por montanhas, exceto na face nordeste, onde existe uma abertura estreita. Esse vale tem a forma de uma garrafa, com o gargalo voltado para nordeste, abrindo-se para o sul.

No extremo norte, perto da abertura, há uma grande rocha plana. As encostas das montanhas estão cobertas de árvores, mas no vale não há árvores nem arbustos – ele está coberto por um tapete de pasto duro.

No momento do Plenilúnio de Touro, começam a chegar peregrinos, homens santos e lamas, que vão ocupando a parte sul e central, deixando o extremo nordeste relativamente livre.

Diante da rocha e voltados para nordeste, se encontram – em níveis etéricos – os Grandes Mestres onde o Cristo,  se situa no centro.. Sobre a rocha descansa um vaso de cristal cheio de água.

Atrás do grupo de Mestres, Adeptos, iniciados e trabalhadores adiantados no Plano de Deus, se situam os discípulos e aspirantes do mundo, em seus diversos graus e grupos – aqueles que, nesta época, constituem o Novo Grupo de Servidores do Mundo. 


Alguns estão presentes em corpo físico e chegam por meios comuns; outros estão presentes em seus corpos espirituais e em estado de sonho.


Ao se aproximar o momento da Lua Cheia, produz-se uma grande quietude entre a multidão e todos voltam o olhar para o nordeste. A um sinal dado, os Grandes Seres formam três círculos concêntricos e começam a cantar.

Quando o cântico se aprofunda e ganha mais ritmo, os visitantes etéricos se materializam e uma figura gloriosa se torna visível no centro dos círculos, a qual é chamada por vários nomes: Senhor Maitreya, Bodhisattva, Cristo, Senhor da Paz e do Amor. É o Mestre de todos os Mestres que formam a Hierarquia planetária para levar a cabo o propósito divino deste planeta.

O Cristo aparece vestido com um manto branco puro, Seu cabelo caindo em ondas sobre seus ombros. 





Ele tem o Cetro de Poder em Sua mão, o qual lhe foi dado pelo Ancião dos Dias para esta ocasião. Nenhum Mestre pode tocá-lo, salvo o Cristo, o Mestre de todos os Mestres.

Os Iniciados que estão nos três círculos focalizam-no no centro e, quando Ele se torna mais visível, todos Eles se inclinam e cantam um mantra de saudação e afirmação.

Em seguida, estes círculos transformam-se num só círculo e uma cruz, em cujo centro está o Cristo. Aqui novamente o cântico comove os corações e as almas dos presentes, e descem mais alegria, paz e bênçãos sobre a multidão.

O próximo movimento é o triângulo dentro do círculo, em cujo ápice está o Cristo.

Ele está de pé perto da pedra e coloca o Cetro de Poder sobre ela.




Na rocha, se vê o vaso de cristal com ornamentações douradas e grinaldas de flores de lótus que cobrem a rocha e pendem de todos os cantos.

Depois Eles realizam outro movimento, que é um triângulo com três ovais que se entrelaçam no centro do mesmo, onde está o Cristo. 


O movimento seguinte é una estrela de seis pontas e, depois a estrela do Cristo: o pentagrama ou estrela de cinco pontas.

Estão presentes os regentes de todos os tipos de energia: os Mestres da Grande Fraternidade da Luz, Jesus, e Iniciados, discípulos e aspirantes espirituais; e então o cântico cria uma grande tensão na multidão e Cristo, tomando o Cetro de Poder que estava na pedra, levanta-o e diz: - “Pronto, Senhor, venha..."

Em seguida, coloca novamente seu Cetro de Poder sobre a pedra durante uns poucos momentos antes da Lua Cheia, e os olhos de todos os presentes se voltam para a pedra. 



A expectativa da multidão aumenta e a tensão torna-se maior e continua crescendo.

Através da multidão, parece sentir-se um estímulo ou vibração potente, que tem o efeito de despertar as almas dos presentes, fundindo e unificando o grupo, elevando a todos e realizando-se uma grande ação de demanda, ânsia e expectativa espiritual. É a culminação da aspiração do mundo que se acha enfocada neste grupo expectante.

Poucos minutos antes da hora exata, em que tem lugar o Plenilúnio, se divisa ao longe um pequeno ponto de luz no céu, que ao se aproximar, vai se transformando numa silhueta nítida, que adquire a forma do Buda sentado em sua clássica posição de lótus, envolto em Seu manto cor de açafrão, banhado em luz e cor, e com sua mão direita levantada, abençoando a todos.

Quando Ele chega num ponto sobre a rocha, Cristo entoa A Grande Invocação e todos os presentes caem prostrados tocando a Terra com suas frontes.



A GRANDE INVOCAÇÃO


Do ponto de Luz na mente de Deus,

Que flua Luz à mente dos homens
E que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no coração de Deus
Que flua amor ao coração dos homens
Que Cristo retorne à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens,
Propósito que os Mestres conhecem e servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens
Que se realize o Plano de Amor e de Luz
E se feche a porta onde se encontra o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
Restabeleçam o Plano Divino sobre a Terra
Hoje e por toda a eternidade.
Amém.

Esta Grande Invocação cria uma corrente estupenda de energia que inunda os corações dos aspirantes, discípulos e Iniciados, e chega a Deus.

Cristo é o grande celebrante, estende Suas mãos, pega o vaso, levanta-o sobre Sua cabeça e logo coloca-o de novo sobre a pedra. Então, os Mestres cantam hinos sagrados e o Buda, o Grande Iluminado, depois de abençoar a multidão, desaparece lentamente no espaço.

Toda a cerimônia da bênção, desde que Buda aparece ao longe, até o momento em que desaparece, dura apenas 8 minutos.



O sacrifício anual que Buda realiza pela humanidade se conclui, quando Ele retornar a esse lugar no alto, onde trabalha e espera.

O Senhor Buda possui sua modalidade especial de energia, que Ele derrama sobre nós, ao abençoar o mundo.




Esta bênção é maravilhosamente excepcional, por sua autoridade e categoria, pois Buda tem acesso a planos da natureza que não estão ao alcance da humanidade; e portanto, pode transmutar e transferir ao nosso plano a energia de planos superiores.

Ano após ano, Buda regressa para distribuir Sua bênção e a mesma cerimônia se repete. 


Cada ano, Ele e Seu Irmão, o Cristo, trabalham em íntima colaboração para beneficio espiritual da humanidade. Nestes dois Grandes Filhos de Deus concentraram-se dois aspectos da Vida Divina.

Através do Buda, flui a Sabedoria de Deus; através do Cristo, o Amor de Deus se manifesta à humanidade, derramando-se sobre ela na Lua Cheia de Touro.

Nesse momento são possíveis grandes expansões de consciência.


Os discípulos e iniciados de todas as partes podem ser ajudados e estimulados espiritualmente, a fim de que possam penetrar conscientemente nos mistérios do Reino de Deus.

Quando o Buda desaparece, a multidão se põe em pé e Cristo distribui a água bendita aos Iniciados e a todos que estão presentes no vale.


A água magnetizada pela presença de Buda e Cristo contém certas propriedades curativas. 


Depois da bênção, a multidão se dispersa silenciosamente, encaminhando-se para seus lugares de serviço.

Homens e mulheres do mundo, guiados em uníssono por Buda, que trouxe a Luz ao Oriente, e por Cristo, que revelou a Luz ao Ocidente, podem pedir e evocar uma bênção e revelações espirituais tão intensas, que num futuro imediato poderá se manifestar aquilo a que a humanidade tanto aspira: “paz na Terra e boa vontade entre os homens”.



 excertos da internet




OS CEGOS E O ELEFANTE

Os cegos e o elefante



Certa vez, um rei reuniu alguns homens cegos ao redor de um elefante e lhes perguntou o que lhes parecia ser. 

O primeiro deles apalpou a presa e disse que o elefante se parecia com uma gigantesca cenoura; outro, tocando-lhe a orelha, disse que se parecia como um enorme leque; outro, apalpando-lhe a tromba, concluiu que o elefante se parecia com um pilão; outro, tocando-lhe a perna, disse que se parecia com um almofariz; outro ainda, agarrando-lhe a cauda, disse que o elefante era semelhante a um corda. 

 Nenhum deles foi capaz de descrever ao rei a forma real do elefante.

Da mesma maneira, pode-se descrever parcialmente a natureza do homem, mas não se pode descrever a verdadeira natureza de um ser humano, a natureza de Buda.

Somente Buda e seu nobre ensinamento poderão fornecer subsídios para a compreensão da perene natureza do homem, sua natureza búdica que é imperturbável pelos desejos mundanos e que não se destrói com a morte.

A CARROÇA

A carroça


Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
– Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!
Perguntei a ele:
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
– Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!

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