terça-feira, 22 de março de 2011

Para não dizer que não falei de flores



Pra não dizer que não falei das flores....

Caminhando vamos...   Sempre querendo conhecer pessoas, fazer amigos, estabelecer relações familiares saudáveis, sonhando em sermos amados... É o que dizemos sempre!
Mas será que estamos prontos para o relacionamento amoroso? 

Primeiramente para sermos amados temos que estar receptivos a esta emoção, e  para sentirmos esta energia, precisamos estar com o chakra cardíaco ativado. 

O detalhe é que o chakra cardíaco só se ativa a partir do momento que ele se exercita através do ato de amar.  É amando que se faz amar.
Como diria S. Francisco  “É dando que se recebe”. Pedimos amor, queremos amor, todo tipo de amor, amor amigo, amor de pai, amor de mãe, amor de família, amor condicional ou incondicional, amor de amante, amor de amor. 

O chakra cardíaco é como uma flor em botão, e esse botão começa a florescer a partir do momento que nos centralizamos nos  pensamentos bons e nos pensamentos de doação. 

Normalmente pedimos, mas esquecemos de ofertar...esquecemos de aceitar o outro como ele é....qualidades e defeitos todos nós temos...

As rosas com sua beleza vem com espinhos para se defender...se queremos o perfume que é algo que não se vê, mas se sente, é sabendo como colher essa rosa e sabendo desviar dos espinhos  do ego, da intransigência...enfim aceitando a pessoa amada como ela é....
Muitas flores lindas como as orquídeas, carecem de perfume, e são sempre parasitas....assim como algumas pessoas, a natureza reproduz na sua singeleza um paralelo impar. 

Cabe  lembrar que se soubermos olhar, poderemos por um relance, ter a clareza de quem viu no meio do lodo o florescer do lírio cujas vestes majestosas nem mesmo Salomão foi capaz de reproduzir. 

E aquela miúdas, coloridas, botão menina, sempre-vivas que como o amor verdadeiro duram para além da eternidade.  

Porém, seja na beleza da forma, seja na fragrância do conteúdo e da essência da alma, o jardim verdadeiro está no meio do ser, é só deixar o terreno fértil, eliminar a secura e rigidez regando com muito carinho e flexibilidade e permitir como o desabrochar da flor, abrir o coração ao amor.


quarta-feira, 9 de março de 2011

Do Baú de D. Carocha: O Desconfiado

O desconfiado


Três amigos saíram para uma excursão na montanha. Levavam provisões abundantes e se detiveram durante o percurso para fazer um lanche. Pegaram os sanduíches, queijo, presunto, mas nenhum dos três levara nada para beber. Não muito longe, ouvia-se a voz de um rio cristalino, embora representasse certo esforço chegar até ele e buscar água. 
Como o lugar onde estavam lhes pareceu ideal para acampar, decidiram ficar ali e deixaram à sorte a decisão de quem iria buscar água.
_ Eu não vou _ disse com verdadeiro desagrado o rapaz que foi sorteado para descer até o rio.
_ Por que? _ disseram os outros dois muito surpresos.
_ Não há dúvida de que, enquanto eu for buscar água, vocês comerão tudo e não me deixarão nada.
_ Prometemos a você não comer absolutamente nada até você voltar.
_ Não acredito em vocês, estão me enganando. É certo que planejam tudo isso para ficar com toda a comida.
_ Por favor, não nos ofenda, damos-lhe nossa palavra de que sequer tocaremos na comida.
Por fim, a contragosto e não inteiramente convencido, o rapaz pegou o cantil e foi-se em busca da água.
Passou-se uma hora e o rapaz não voltava.
Passou-se outra hora e nada. Como a tarde já estava caindo e temendo que tivesse se perdido, os outros dois saíram para procurá-lo.
_ Vamos fazer uma refeição rápida, pois podem nos faltar as forças necessárias, já que não sabemos por onde ele andará _ disse um deles.  _ Talvez tenhamos de passar a noite acordados. Deus queira que não lhe tenha acontecido nada e não tardemos em encontrá-lo.
Quando iam levar à boca o primeiro bocado de comida, o companheiro saiu de detrás de uma moita dizendo:
_ Eu sabia, eu sabia! Estava certo de que iam enganar-me. Se tocarem no lanche, não vou buscar a água!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Do baú de D. Carocha: Branca de Neve

Com os Pés no Chão  
(Branca de Neve)

Por causa da pele alva e dos traços delicados, Bran­ca de Neve sempre foi tratada por muitos como uma rara boneca de porcelana. Seu sucesso no con­curso “A Mais Graciosa de Todas”, ano após ano, somente parecia piorar a situação. As pessoas pre­sumiam que sua beleza havia lhe sugado todo o intelecto. Também concluíram que, devido à bela aparência e à condição de princesa, ela devia ser convencida. No entanto, Branca de Neve era muito solitária

Sentia-se incapaz de confessar o sentimen­to de solidão à madrasta, a rainha.
Na verdade, a rainha Jacqueline ouvira dizer que uma madrasta devia ser cruel e autoritária. Portanto, ela dava o melhor de si para sustentar tal imagem.

Num lindo dia de verão, enquanto passeava pela floresta, Branca de Neve avistou uma pequena choupana. Incapaz de controlar a curiosidade, ela espiou pela janela e viu uma mesa com sete cadei­rinhas de madeira. E, ao sentir o aroma delicioso que vinha do fogão, não conteve a vontade de ex­perimentar aquela iguaria. Entrou na choupana.

Assim que pegou a concha, ela escutou o som de assobios e a marcha de sete homenzinhos. Eles fitaram a princesa, e ela os encarou. Era difícil di­zer quem estava mais surpreso.
— Sou Branca de Neve — apresentou-se, tímida.
— É mesmo, menina — disse o líder do grupo.
— Talvez seja melhor se deitar até que a cor volte a seu rosto. Não queremos que desmaie em cima de nossa sopa.

Branca de Neve explicou-lhes que, na verdade, era chamada de Branca de Neve por isso, e os homens a cumprimentaram, revelando seus apelidos.
— Deve ser difícil ter de viver com nomes desse tipo — compadeceu-se Branca de Neve. — Gasto uma fortuna com filtro solar para manter a imagem de Branca de Neve, e não vou à praia há anos. Meu nome verdadeiro é Lisa. Faz tanto tempo que não o escuto que chego a me esquecer dele!

Branca de Neve, então, pediu aos anões que lhe dissessem seus nomes verdadeiros para que ela não adotasse nenhuma noção preconceituosa. Disse ainda que era sempre estigmatizada devido ao nome e à aparência, e não queria cometer o erro de julgá­-los precipitadamente. Os homens pareceram aliviados e então, disseram seus nomes.

Contaram a ela como os moradores do vilarejo haviam exilado todos os anões porque as figuras diminutas os perturbavam. Ethan (MESTRE) disse que, embora tivesse se formado em medicina, só conseguia emprego ­nas minas, porque os habitantes diziam: “É isso que os anões fazem”. Em seguida, ele cerrou os dentes para combater a raiva, como sempre.
— “Anão” é uma palavra horrível — Lisa alegou. — Faz-me lembrar daqueles gnomos ridículos com os quais as pessoas costumam enfeitar jardins.
— Preferimos “com os pés no chão” a “gnomos” — disseram os sete em uníssono.
— Bem, acho que não precisam de rótulo ne­nhum — Lisa observou.
Doug (DUNGA) que até então se mantivera calado, começou a partilhar sua história com Lisa:
— Quando criança, eu sofria de dislexia grave e tornou-se difícil para eu acompanhar as aulas. Os garotos começaram a me chamar de burro e até do apelido maldoso que tem me acompanhado todos esses anos. Eu, na verdade, sentia-me um bobo. Portanto, ­parei de tentar mudar a situação.

Um por um os homens revelaram como se sentiam no papel ­que as pessoas esperavam vê-los desempenhar. Larry (FELIZ) falou do medo que sempre sen­tira do pai e de como fora obrigado a criar uma fachada de felicidade para evitar qualquer agressão do pai. Disse que, de tão impelido a agradar as pessoas, ele freqüentemente perdia a noção de seus sentimentos e emoções verdadeiros.
Gary (ZANGADO), que era rotulado por ter uma atitude ne­gativa, confessou que seu medo de rejeição sempre o levara a manter as pessoas a distância.
— As pessoas não poderão me magoar se não se aproximarem de mim — resmungou Gary.
Lisa dissertou sobre a importância de correr o risco da rejeição para conquistar a confiança e o amor, mas Gary permaneceu cético.

Lisa notou também que Donald (SONECA) apenas cochila­va num canto da sala.
— Ele sempre faz isso? — perguntou.
— Sim. Ele está sempre cansado — Gary expli­cou. — É sua natureza.
— Não creio que estar sempre cansado seja a na­tureza de ninguém — Lisa corrigiu. — Acho que Donald precisa consultar um especialista para ver se é narcoléptico ou se sofre da Síndrome da Fadi­ga Crônica. Ele talvez tenha algum distúrbio que pode prejudicar seriamente sua saúde.
Donald  acordou e concordou com Lisa, com um resmungo. O grupo prosseguiu conversando, sa­lientando a importância de desafiar as limitações físicas ao invés de aceitar tudo como um obstáculo intransponível.

Greg (ATCHIM), que espirrou durante toda a conversa, anunciou que pretendia consultar um médico para tratar de sua alergia porque já estava cansado de bancar a vítima. Confessou que seus acessos de espirros lhe proporcionavam uma atenção especial do grupo; por isso relutava em tratar o problema. Lisa encorajou-o a conquistar a atenção do grupo de uma forma positiva, e Greg pareceu entender.
Um deles, que se encontrava sentado num canto, aproximou-se ­de Lisa e estendeu-lhe a mão.
— Sou Chase (DENGOSO) — apresentou-se. — Nunca conver­so com estranhos porque sou tímido, mas queria lhe agradecer por estar aqui. Sabe, conversar com você não foi tão difícil quanto eu havia imaginado.
— Esse é o truque — Lisa ensinou. — O medo do desconhecido é quase sempre maior do que o medo que sentimos ao enfrentar um desafio.
— Há algo de que você tenha medo, Lisa? — Chase perguntou.
Por um momento, Lisa refletiu.
— Creio que eu deveria dar esse conselho a mim mesma, porque venho fugindo de minha madrasta há anos. Não nascemos com o sentimento de cora­gem. As pessoas corajosas são aquelas que apren­dem a atingir suas metas, enfrentando obstáculos a despeito do medo. Acho que vou ter uma conversa com minha madrasta quando chegar em casa. Ela talvez não seja tão autoritária quanto imagino. Afi­nal, hoje ela me ofereceu uma maçã.

De repente, uma batida à porta ecoou pela chou­pana. Lisa abriu-a e encontrou um belo jovem mon­tado num cavalo branco.
— Boa tarde, senhorita. Sou o Príncipe Encanta­do e acho que me perdi na floresta. Poderia me explicar como chego ao Empório de Armaduras?
— Encantado — Lisa repetiu. — Que nome adorável.
— Sim, mas pode ser um fardo a se carregar —disse o príncipe. — Tenho de estar sempre pronto a dizer algo encantador, e sempre receio usar o ta­lher errado durante o jantar. Ás vezes, eu gostaria de comer com as mãos.
— Entre — Lisa o convidou. — O almoço está servido, e prometemos não julgá-lo se quiser colo­car os cotovelos na mesa ou lamber a tigela.
O príncipe limpou várias tigelas sem a ajuda dos talheres e terminou sua refeição liberando um so­noro arroto.
— Encantador — Branca de Neve murmurou, rindo.

Lembre-se: perdoar a si mesmo e aos outros promove a satisfação pessoal!

PS. Para os que não lembram mais coloquei os nomes dos anões entre parênteses.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Sábio Samurai



       Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

       Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.

      Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.

       Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?

      Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai.

      A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos.

  
As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir!

terça-feira, 1 de março de 2011

Balançou a Roseira: Remédio conta Insonia

"No seu corpo é que eu encontro      
Depois do amor, o descanso"
Roberto Carlos

“Há círculos viciosos (como ficar rolando de um lado para o outro na cama) que afetam o funcionamento de uma relação no dia seguinte ao sono da noite”, Casais felizes e estáveis foram associados a hábitos de sono equilibrados. 
Esse dado é importante especialmente para as mulheres, indica outro estudo da Universidade de Pittsburgh, também nos Estados Unidos.

Chris Laford, psicólogo especializado em transtornos do sono, aponta que as relações são afetadas pela má qualidade do sono, principalmente pelos efeitos do cansaço que afetam a parte frontal do cérebro e que são responsáveis pelo planejamento e autocontrole. Os homens se tornam mais agressivos e as mulheres passam a ter dificuldade de dormir ao lado da pessoa que as deixa nervosas.

Outro estudo conjunto da Universidade de Warwick com a University College de Londres, ambas no Reino Unido, indica ainda que a má qualidade do sono pode influir no aumento de doenças de coração entre as mulheres, mais do que nos homens. O estudo feito com mais de 4 mil pessoas indicou que esse dado está ligado ao estresse causado por dormir menos de oito horas por noite.

A resposta a esse problema pode estar no tempo que se compartilha antes de ir para a cama, diz Christine Northam, terapeuta de casais. Ela lembra que casais tidos como mais felizes possuem a tendência de ir para a cama no mesmo horário, mesmo que um dos dois caia no sono antes.

E para ter um sono ainda mais profundo, uma dica do periódico Journal of Sex & Marital Therapy (JSMT) é manter relações sexuais. O orgasmo libera endorfinas com ação sedativa e funciona como um potente relaxante para situações estressantes que aconteceram durante o dia.

Fonte: UOL Bem Estar.

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